segunda-feira, abril 12, 2010

Férias 2009- França Sul- Os Cátaros

1º dia – Lisboa – Burgos 710 Km

O3AGO2009 - Por motivos de preocupação familiar só hoje iniciamos o nossa viagem. Saímos de casa pelas 05h45, ainda o sol dormia, rumo a Vilar Formoso, Passamos a fronteira erm 09H40, depois de 2 cafés, paragem em Torres Novas e na Guarda ( café 1 €). Atestada a viatura lá seguimos em direcção a Burgos, com uma paragem para almoço em Tordesilhas junto ao complexo desportivo inclui um parque de campismo, pareceu-me com bom aspecto. A viagem correu bem apesar de haver muitos camiões lusos. chegamos ao camping pelas 14h30 -. O parque de campismo (Camping Fentes Blancas) é um parque bem situado, Norte de Burgos, tem apoio de resturante, bar esplanada e um mini mercado. Encontra-se perto de um rio, inserido num campo de laser, com circuito pedestre e bicicleta qie envolve toda a cidade ficando perto do convento da Cartuxa.

O convento só foi visto pelo exterior pois a Clausura iniciava-se às 18h00. As armas de Portugal e de Castela juntas sobre o pórtico de entrada mostram como as diferenças politicas nem sempre foram divergentes.
O parque de campismo é agradável tem muitos bengalows, mas havia um certo número de ciganos parqueados evidenciando a sua tradicional maneira de estar. O preço por um casal, /inclui parcela com electricidade, caravana e carro e 2 adultos) - 23.69€ ao qual acresceu 2 € pela ligação wi-fi.

2º- dia Burgos – Gavarnie 470 KM

04AGO2009 - Pelas 08H30 lá saimos em direcção a França. A viagem correu normalmente com o tradicional pagamento de portagem na antiga fronteira, 2€30, e lá continuamos a nossa viagem passando por Ortez em direcção a PAU. Depois de mais umas compras no Carefour, já conhecido do ano transacto, passamos na base dos Pirenéus, Lestelle- Betharram, até Lourdes.
Aqui começou a nossa subida até Gavarnie, estrada estreita e sinuosa, com muito transito em sentido contrário. A estrada em alguns sítios é estreita e denota que as barreiras sofrem bastante com a erosão das águas da chuva e degelo.
Depois de passar por Luz Saint Sauveur e Gèdre subimos até ao parque que pretendiamos- Gavarnie http://www.camping-gavarnie.com/pain-de-sucre.html, mas estava completo. Descemos uns 5 km passámos Gèdre e 2km a sul encontramos um parque á beirada estrada, LeRelaisdEspagne (http://www. nces-gedre-gavarnie.com/camping.html)um pequeno parque Preço (16,30€) de 2 estrelas a beira de um regato de água com um azul de neve.

No cume vê-se grandes pedaços de neve, e a temperatura aqui estava 25 graus às 21 horas. Amanhã vamos subir até ao cirque, ou talvez não, depende do que temos de andar, já vi por aqui muita gente de chinelos e com grandes bolhas nos pés. Hummmmm a mim e a minha mulher isso não vai acontecer.
Bonsoir amis.

3º dia Gavarnie

Chegamos à localidade era 08h30.Este local é muito pitoresco, com um agregado habitacional típico de montanha muito agradável. Unto a uma pensão estava a sair uma excursão de portugueses da zona de Mafra. Pagámos os 4 € de estacionamento (é obrigatório) e fomos a pé (proibido a veículos excepto animal) até ao Cirque de Garvanie.

O caminho pedestre é feito por um trilho bem desenhado. Os primeiros 3 km são relativamente planos, por vales e ribeiros de águas límpidas e cristalinas que deixam marcas nos seixos das que se vêm no seu leito. A medida que vamos aproximando do Cirque começamos a perceber da real dimensão dos cumes dos Pirenéus e a presença de neve começou a encher a nossa vista.

Chegámos ao Hotel, sentamos na esplanada a contemplar a enorme cascata de água que abruptamente cai do penedo. O silêncio impera entre as pessoas que chegam e nós os já que presenciamos a alguns minutos aquele espectáculo da
da natureza, apenas interrompido pelo barulho do relinchar dos cavalos que vão chegando a transportar mais pessoastransportar mais pessoas.
Está na hora do regresso, passo a passo encaminhamo-nos para a Vila cruzando por uma fila de pessoas que vai engrossando á medida que a vila se torna maior.
A pacatez de Gavarnie que encontramos á chegada foi interrompida pelo movimento de pessoas, autocarros, e carros que circulam. Fomos visitar a igreja junto do cemitério que tinha uns altares com figuras do século XIII.

Na entrada encontramos um armário com uma inscrição muito sugestiva sobre os Templários.

Fomos almoçar a caravana. Da parte da tarde fomos dar uma volta a Luz Saint Sauveur visitar a cidade. No centro da cidade visitamos o castelo e a igreja dos Templários.

Esta cidade tem alguns parques de campismo bons, parecendo-me que o melhor é o TOYS, situado mesmo no centro.

Após um passeio pela cidade fomos até à aldeia de Sers com os seus 900 habitantes e com a particularidade de ter tido um presidente da mairie durante 60 anos - (1940-2000). A curiosidade desta aldeia é a sua igreja do século X, muito bem cuidada, com imagens religiosas da época.
No regresso a Luz Saint Sauveur fomos visitar a zona termal e a capela que tinha impressionado pela sua elegância no meio dos penhascos.
No final da tarde fomos ainda a Gèdre, uma instância de esqui que no Verão apresenta umas vertentes verdejantes. Fomos à happy-hour da imperial numa esplanada sobre uma cascata de água límpida, correndo entre rochas, convidando a cerveja a escorregar melhor.
À noite fomos presenteados por um escurecer repentino e trovejar que nos proporcionou um espectáculo burlesco de relâmpagos cruzando o negro do firmamento.

4º dia Gèdre- Foix 220 Km

06AGO2009, Saimos cedo do parque fomos apanhar a auto-estrada em direcção a Toulose, seguimos em direcção a Foix.

Acampamos no parque Le Lac FOIX - http://www.campingdulac.com
Este parque embora muito publicado não tem umas instalações sanitárias lá muito aceitáveis.

Os Cátaros
O catarismo, do grego katharos, que significa puro, foi uma seita cristã da Idade Média surgida no Limousin (França) ao final do século XI, a qual praticava um sincretismo cristão, gnóstico e maniqueísta, manifestado num extremo ascetismo.
Concebia a dualidade entre o espírito e a matéria, assim como, respectivamente, o bem e o mal. Os cátaros foram condenados pelo 4º Concílio Lateranense em 1215 pelo Papa Inocêncio III, e foram aniquilados por uma cruzada e pelas acções da Inquisição, tornada oficial em 1233.







Os cátaros, também chamados de albigenses, rejeitavam os sacramentos católicos.
Aqueles que recebiam o batismo de espírito, consolamentum, eram considerados os perfeitos e levavam uma vida de castidade e austeridade e podiam ser tanto homens quanto mulheres. Os crentes apenas eram os homens bons e tinham obrigações menores; recebiam o consolamentum na hora da morte.
Apesar desta hierarquia, os cátaros não restringiam a experiência transcendental, e/ou divina (no caso, também gnóstica) aos mais graduados, mas a qualquer um que assim desejasse e experimentasse estados alterados de consciência.
Essa concepção sem hierarquia da espiritualidade foi considerada pela igreja católica uma ameaça para a fé e a unidade cristã, já que atraiu numerosos adeptos. Assim sendo, o catarismo foi considerado herético e contra ele foi estabelecida a Cruzada albigense (1209-1229). A cruzada teve parte de interesses políticos, já que as localidades onde se praticavam o catarismo (nota: esta seita era conhecida por sua tolerância religiosa ao passo que conviviam, nos mesmos reinados, judeus, pagãos, e até mesmo católicos) encontravam-se ligadas ao reino da França, porém independentes do mesmo.

Da parte da tarde fomos ao nosso objectivo principal Montségur (Foix- Montségur- 33 Km. As ruinas do castelo situam-se a 1200 metros de altitude. Para chegar ao castelo tivemos que subir 800 metros por entre escarpas e terra escorregdia. Isto é que foi dificil para quem ia a pesnar que havia escadas ou outra forma de subir. Mesmo assim tivemos de pagar 5 € por pessoa para escalar.
Chegado ao cume a paisagm é deslumbrante. No castelo estava um guia que em Francês explicava a história dos cátaros e a do castelo. Ficamos admirados pela forma como em monólogo descrevia as situações adpatando a cada grupo de pessoas que ia chegando sem fazer o minimo barulho.
Depois da descida ainda mais dificil que a subida, fomo vistar a aldeia de Montseégur, o seu museu onde podiamos ver os restos de vestigiso da presença deste povo.
Depois da passagem por mais umas aldeias com vestigios da presença dos Cátaros, uma fonte com um caudal de água enorme, fomos até Mirepoix.
Esta vila foi uma verdadeira admiração para nós pois o seu centro histórico muito bem preservado apresenta casas do seculo XI e XII sobre arcadas de madeira onde encontramos uma feira .
Depois de uma volta pela feira fomos ver a sua Catedral século XI .
Voltamos ao paque a noite já eram 21h00.

5º dia Foix – Limoux - Carcassonne 93,5 Km

Pelas 08H30 fomos visitar o mercado de FOIX, que fazia lembrar os antigos mercados de Portugal no centro das vilas e aldeias, meio ao ar livre onde os produtos estão em caixas de madeira. Junto ao mercado fica igreja e mosteiro do Século X
Subimos ao castelo mas só abria ao público as 10h00 pelo que fomos fazer um cruzeiro de barço numas grutas subterrâneas que nos proporionaram uma viagem cerca de 1,8 km dentro da gruta.
Após as compras tradicionais, almoçamos e saímos em direcção a Limoux.
Em Limoux, uma vila simpática, estilo medieval, um parque municipal situado à beira rio, l não tinha as condições minimas, de sossego, sitauva-se junto à estrada com muito transito e os wc – 2 sanitas mistas As condições eram as mínimas para o número de pessoas que estavam acampados.
Resolvemos ir até Carcassomne que já sabiamos que tinha um bom parque,
Depois de estcionar a Eriba lá fomos até ao magnifico castelo.

6º dia Carcassonne - ST. Martin de Seignanx

Carcassone é uma cidade bonita principalmente aquele castelo que já vistamos 3 vezes. A novidade deste ano nesta cidade foi a visita que fizemos ao mercado no centro da cidade, ao ar livre, onde os produtores dispunham os seus produtos. Achei curioso o transporte municipal em pequenos veículos eléctricos, nos quais os idosos eram transportados para o mercado.
Como era nosso objectivo o Mediterrâneo e Barcelona, dirigimos pela A6 em direcção a Narbonne. Feitos os primeiros 4 Km de auto-estrada, bem preenchida em trânsito, apanhamos uma fila onde estivemos ai cerca de 40 minutos para andar 2 km. Na área de serviço de Cracassonne Norte, saímos, almoçamos na caravana e ouvi no rádio que a fila já se estendia por mais de 80 km. Consultado o mapa resolvemos fazer uma inversão de marcha e voltar para a costa Atlântica. A facilidade de deslocação permite este tipo de alteração de programa.
Para evitar que os euros se esgotassem nas portagens desviei da A6 a Norte de Toulouse e entrei 120 Km a sul desta cidade.
Fomos em direcção a Bayonne por esta via e junto de uma pequena aldeia encontramos um parque de campismo muito sossegado e bem arranjado. Parc Lou P´tit Poun St Martin de Seignanx. Estrada D 817 Nacional N117 - a 30,5 km de BIARRITZ, 13 KM DE CAPBRETON- 9 de Tarnos.
http://www.louptitpoun.com/index.html
O parque oferece condições excepcionais sem alvéolos definidos mas com parcelas largas e bem marcadas em zona de relva, entre arbustos e árvores. Um parque de campismo jardim.
Os campistas eram 80% Ingleses com as suas caravanas bem grandes, para cima de 7 metros cada, às quais a minha ERIBA (3,90 m) lhes fazia “inveja”. Bem à tardinha, até ao por do sol as garrafas de cerveja, vinho e até Porto evaporavam tal era a temperatura.
Mas a partir dessa hora o sossego era uma constante que nos fez descansar e permanecer 2 noites ali.

7º Dia ST. Martin de Seignanx- Biarritz- ST. Martin de Seignanx

Bem cedo saímos em direcção a esta praia afamada e bem frequentada desde os finais do século XIX. A estrutura das suas casas - Tipicamente Bascas, o comércio cada vez com produtos turísticos da região Basca, chamou-nos e prendeu-nos a atenção.
O casino, a praia, mesmo num dia cinzento e para nós frio, estava cheia de banhistas.
O nosso passeio demorou umas 3 horas pela beira mar e fotos sempre agradáveis da beira do mar.
Fomos em direcção a Capbreton, uma praia muito parecida com Santa Cruz em extensão de areia, mas com um porto para barcos de pesca e de recreio.


O vento e a brisa marítima intensa souberam bem, mas rapidamente nos afastou do areal. Esta praia é óptima para o Surf .
Voltamos ao parque, onde o sossego convidou-nos a uma boa leitura.

8º Dia - França – Espanha – País Basco.

• Saímos pelas 9h00 em direcção á fronteira com intenção de ir ficar o mais próximo possível de Bilbau. O Objectivo era o museu Blandeiwr. Percorrendo a costa Basca fomos em direcção parque GUIPÚZCOA (GPS: 43º17'6"N , 2º19'8"W). Como considerei bastante longe fui pela costa a procura de um parque. A Costa é muito bonita, cheia de barcos á pesca e em certos pontos vê-se a costa francesa e a espanhola. O dia estava bem chuvoso e frio para Agosto.
Percorrendo uns Kms pela costa passando por um parque, não gostamos pois era cheio de residentes, fomos em direcção a Bilbau. No meio de um monte tivemos um auto-stop da Guarda Civil, que ao ver a nossa matrícula nos deixou seguir.
Chegados a Bilbau fui em direcção ao centro da cidade – Museu Guggenheim, ver se havia um parque para estacionar e ir lá dentro visitar. O museu todo em chapa de cobre arquitectura moderno tem um ar soberbo sobre a cidade. Não havendo sítio para paragem com caravana ou auto-caravana, dirigi-me para a zona da costa GETXO. Passamos junto à ponte da Cantábria, hoje um monumento de arquitectura do princípio do século xx. Percorrendo cerca de 50 km fomos ter ao parque de campismo de – Mas estava totalmente completo. Os parques desta região são muito frequentados por fixos.
Como não tínhamos parque e a hora começava a ser tardia resolvemos ir até Burgos e lá dormir.

9º Dia- Burgos- Madrid

Saindo do parque de Fuentes Blancas, dirigimos pala auto pista até Madrid. Ficamos no parque de campismo de El Ecorial. O parque é enorme com uma zona para fixos e outra bem separada, para turismo. Os alvéolos são pequenos, mas estão cobertos, parcialmente, por toldos para oferecerem sombra. Dispõe de bons serviços supermercado, restaurante e um enorme bar. Na recepção uma brasileira ficou radiante em falar português e fui bem recibo dispondo de todas as informações.
A localidade - El Escorial- oferece 3 bons supermercados e inúmeros restaurantes e bares.
El Escorial- Madrid Camping Caravaning
Bungalow Park El Escorial
GPS 40º 37' 37'' Norte (N), 4º 06' 00'' Oeste (W)
Carretera M-600, km 3,500
(M-600 va de Guadarrama a El Escorial)
CP:28280 EL ESCORIAL, MADRID


10º Dia- EL Escorial- Vale dos Caídos

Fomos visitar o Palácio El Escorial, um enorme edifício, fazendo lembrar o palácio de Mafra, contudo em pedra cinzenta.
A entrada não está bem explicado que há diferença de preços e no final sentimo-nos um pouco enganados.
A visita está bem assinalada, muita segurança, mas o que vimos não foi convidativo a voltarmos lá.
O teto da biblioteca, as obras expostas, pelo seu volume e a antiguidade foram os únicos de registo assinalável.
No meio da tarde fomos até Vele dos Caídos, um símbolo do Franquismo, onde estão os restos mortais do ditador espanhol. O espaço enorme a vista sobre Madrid e a enorme catedral cavada no meio do rochedo impressiona e convidam a uma vista.
A tarde de volta ao parque, fomos incomodados pelo barulho que os espanhóis fazem nas suas conversas, embora natural durou até as 24h30. Pois quem está habituado a parques em que o barulho termina as 22h00 nota bem a diferença. Isso foi o suficiente para apressar ainda mais o nosso regresso a casa e sair do parque.

11º Dia- Madrid – Casa- 670KM

Cerca das 08h00 saímos do parque auto-pista em direcção a Portugal. Impressionante eram as notícias que passavam sobre Portugal e a gripe A. De facto quando se está fora e houve-se notícias do nosso país com alarmismo fica com a sensação de que somos pequenos e não sabemos defender-nos. Estive em França e em Espanha e nunca se falou dos casos deles, na rádio, mas em Espanha estavam alarmados com os nossos casos e até passou a Ministra da Saúde no seu bom português a alertar para o surto e paras preocupações Lusas. Como português senti-me com pouca vontade de voltar a casa.
Se fosse estrangeiro nem vinha para Portugal de férias. Os responsáveis têm que pensar que as noticias se ouvem em todo o lado, não é só no nosso quintal.

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